O processo do plano de saúde da categoria ecetista já passou por diversos embates até chegar à mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), este ano. O intuito, então, era encontrar uma solução para o tema, na qual as partes não saíssem prejudicadas, principalmente os trabalhadores, que além de terem que se virar com baixos salários, sofrem constantes ameaças de retiradas de direitos e da responsabilidade pelos custos da má gestão da empresa.
Embora a Cláusula 28 do ACT 2016-17 tenha sido mantida no novo acordo, a ECT resolveu encerrar o processo de mediação no tribunal e abrir a judicialização do plano de saúde. Porém, a FENTECT não vai recuar e dará continuidade à defesa dos interesses dos trabalhadores.
A todo o tempo, a federação se colocou à disposição para realmente mediar o plano. Entretanto, os pontos duvidosos na última proposta do tribunal não foram esclarecidos e não houve transparência com relação aos números da Postal Saúde. O déficit dos Correios continua sendo refutado pela categoria, enquanto a direção da ECT tenta colocar a conta sob a responsabilidade dos próprios empregados, fazendo-os pagar além do que é possível para ter o direito básico à saúde.
Os trabalhadores não podem ser submetidos a qualquer alteração no plano de saúde, sem a devida a negociação, e sem comprovação do que tem sido alegado. Destaca-se que o plano de saúde é um dos benefícios mais importantes dos trabalhadores, que, assim como os demais, sempre funcionou como uma compensação, já que a estatal tem as piores faixas salariais entre outras empresas públicas.
A assessoria jurídica da FENTECT já está tomando providências em relação à judicialização do plano de saúde dos trabalhadores dos Correios no TST. As mobilizações, portanto, devem continuar, bem como o calendário lançado no último Conselho de Representantes, o Consin. É muito importante que cada trabalhador participe do chamado dos sindicatos e dê quórum à luta da categoria por um bem valioso, que pode assegurar milhares de vidas nos Correios.