Goiás sai na frente: Assembleia rejeita proposta ridícula de 3% e aprova estado de greve

 
Daniela Martins

Categoria rejeita por unanimidade a proposta da ECT

O clima esquentou na Campanha Salarial em Goiás. Os cerca de 90 trabalhadores que compareceram à Assembleia Geral promovida pelo Sintect em Goiânia, em frente à Agência Central, na Praça Cívica, não só reprovaram a proposta da ECT de 3% de reajuste como aprovaram o estado de greve no nosso Estado.

Pelo interior, nas cidades de Anápolis, Aragarças, Caldas Novas, Catalão, Goianésia, Goiás, Itumbiara, Jaraguá, Jataí, Mineiros, Niquelândia, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena e Uruaçu, todas as Assembleias regionais também obtiveram o mesmo resultado: rejeitaram de forma veemente a proposta da ECT. Indignados, os trabalhadores demonstraram que estão prontos para cruzar os braços e partir para o enfrentamento.

Assembleia na capital
Para começar, o secretário Jurídico do Sintect-GO, Marcelo Barreto, fez a leitura dos últimos informes do Comando de Negociação e Mobilização da Fentect. Os documentos deixam clara a disposição da Federação em continuar a negociação com a ECT, tendo em vista que o que foi oferecido à categoria é uma proposta vergonhosa e ridícula, que não contempla nem de longe as necessidades e os anseios dos ecetistas.

Nos informes, o Comando ainda ressalta que os trabalhadores devem “ficar atentos às tentativas da direção dos Correios de desmobilizar a categoria” e ressalta que o momento é de mobilizar a base.

“Três por cento? Isso não é proposta, é provocação”, bradou Bia de Lima, presidenta da CUT, que esteve na Assembleia para oferecer o apoio da Central aos trabalhadores dos Correios. “Categoria nenhuma conseguiu coisa alguma sem luta, sem enfrentamento e mobilização.

O sentimento era de total indignação por parte dos trabalhadores, o que tem se tornado o combustível para a luta ecetista. A postura ditatorial e de deboche da ECT nesta Campanha Salarial causa revolta na categoria, que já demonstrou que está disposta a enfrentar, mais uma vez, os desmandos dos Correios.

“Não tem nem que avaliar, que pensar. A empresa está nos empurrando para a greve, forçando a greve. O governo quer investir em Copa do Mundo, Olimpíada… e o trabalhador?”, criticou um OTT.

Diante da ausência de muitos trabalhadores, os participantes da Assembleia destacaram a importância de se elevar a participação. “O Sindicato somos nós, não podemos fugir à luta”, destacou outro companheiro, que continuou: “esses 3% é a Empresa dando um tapa na cara do trabalhador. A Empresa só entende uma palavra: greve. Vamos voltar com indignação para nossa unidade amanhã e chamar o companheiro para a luta. O Sindicato quem faz é a base”, declarou.

Muitos outros trabalhadores expuseram suas opiniões, reforçando a necessidade de mobilização da categoria para a luta nesta Campanha Salarial, confiram o que eles disseram:

“Vamos forçar a barra e ir até onde for. Nós trabalhadores fizemos várias revoluções e vamos continuar”.

“Dependemos da nossa força, nossa coletividade. Vamos para a luta, nós temos o poder, é o poder coletivo que muda tudo isso”.

“A maior força que nós temos é a de cruzar os braços, temos de nos conscientizar sobre qual é nosso alvo: salário mais digno. Nossa luta tem de ser consciente”.

Por fim, a secretária de Comunicação do Sindicato, Marta Francisca, arrematou: “A proposta é vergonhosa, se a Empresa quer greve, vai ter greve”

MOÇOES DE APOIO
A Assembleia da Capital também aprovou duas moções de apoio, conforme sugestão do Comando de Negociação. Foram aprovadas:

1) Moção de repúdio contra a agressão aos trabalhadores ocorrida na assembleia da Fentect em São Paulo, no dia 25 de julho

2) Moção de repúdio à postura dos negociadores da ECT em não permitir as filmagens e transmissão ao vivo das negociações coletivas porque não querem transparência nas negociações.

Acompanhem a Campanha Salarial pelo site do Sintect-GO, na seção Lutas da Categoria – Campanha Salarial.

 
Fonte/Autoria: Daniela Martins • Assessora de Comunicação Sintect-GO