Os trabalhadores dos Correios aprovaram, por unanimidade, o estado de greve e o indicativo de greve a partir do calendário nacional, podendo ser chamada assembleia a qualquer momento. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada na noite desta quinta-feira, 13, em Goiânia. A categoria reivindica o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e o cumprimento da Lei 12.997/14, que trata do Adicional de Periculosidade para trabalhadores em motocicletas.
Na última reunião, realizada nesta quarta-feira, 12, a empresa apresentou sua proposta com as alterações solicitadas pelo TST, como a retirada da “avaliação por unidade operacional”, entretanto, não atendeu à proposta que havia sido aprovada pelos sindicatos durante assembleias.
O ministro do TST, Ives Gandra, então propôs o pagamento da PLR 2013 juntamente com as assinaturas da PLR 2014 e a de 2015, encaminhadas ao dissídio de natureza jurídica. Porém, o vice-presidente da ECT, Nelson Freitas, imediatamente desautorizou a proposta.
Diante deste posicionamento, o ministro Ives Gandra propôs que a Federação e os sindicatos presentes aguardassem mais uma semana a posição da ECT, adiando a greve para depois do dia 19 de novembro, onde será realizada uma última reunião. Segundo Ives Gandra, a empresa não tem colaborado com as negociações, e que uma greve da categoria, neste momento, é compreensível. O ministro ainda afirmou que, se houver uma greve e ela for levada a julgamento, votará pela não abusividade e contra o desconto ou compensação de dias dos trabalhadores.
O SINTECT/GO realizará uma nova assembleia na semana que vem, e ante o resultado da reunião do dia 19 de novembro, poderá construir uma grande greve no estado.