Trabalhadores nos Correios entregam pauta, e presidente da ECT fala em dificuldades

São Paulo – Trabalhadores dos Correios (ECT) entregam a pauta com as reivindicações da categoria para a campanha salarial, nesta terça-feira (30), às 14h, na sede da empresa, em Brasília. Com data-base em 1º de agosto, a categoria reivindica a reposição da inflação, estimada em 7,13% pelo IPCA (de 1º de agosto de 2012 a 31 de julho deste ano), e 15% de aumento real.

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Os sindicalistas também defendem aumento linear de R$ 200 e pagamento de perdas salariais do período 1994-2002, calculadas em 20%. Jornada de trabalho de seis horas para atendentes do Banco Postal, segurança nas agências nos Correios e entrega de correspondências somente no período da manhã, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a temperatura é mais alta, também são pontos da campanha.

O presidente da ECT, Wagner Pinheiro, disse nesta segunda-feira (29) à Agência Brasil que “há dificuldade” por parte da estatal em concordar com o percentual de 15% e que a direção da empresa pretende discutir com as entidades sindicais para “ver até aonde podemos chegar”. Pinheiro sinalizou ainda com outras alternativas para a negociação. “Vamos avaliar a possibilidade de algum benefício como o vale-refeição ser reajustado, ou [a inserção de] algum benefício novo, como o vale-cultura, que está em vias de ser sancionado”, afirmou o presidente da estatal.

De acordo com o diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas em Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) James Magalhães, a empresa também quer alterar o plano de saúde dos funcionários, atualmente administrado pela própria empresa (Correios Saúde) e transferir para iniciativa privada. “No plano atual temos cobertura odontológica e possível inclusão dos pais como dependentes, sabemos que um plano privado isso não será possível e nos custará muito mais”.

Os trabalhadores reivindicam a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a contratação imediata de 110 mil funcionários. “Sabemos que a rotatividade é muito grande, a empresa contrata trabalhadores como terceirizados e demite muito outros. Queremos funcionários concursados para a área operacional, carteiros, atendentes e operadores de triagem”, afirma Magalhães.

Os sindicalistas já têm datas agendadas para manifestações durante os próximos meses. “Este ano esperamos poder avançar na mesa de negociação e fechar um bom acordo para os trabalhadores. O nosso último recurso será a greve.”

As últimas negociações entre Fentect e Correios terminaram sem acordo entre as partes e foram parar no Tribunal Superior do Trabalho.

Confira aqui o Informe 19 (com Calendário Nacional de Lutas) e a Pauta Nacional de Reivindicações

 
Fonte/Autoria: Rede Brasil Atual