Trabalhadores dos Correios estão em greve

 
Daniela Martins

Trabalhadores decidem pela manutenção da greve

O primeiro dia de greve dos trabalhadores dos Correios em Goiás foi marcado por uma certeza: a de que a categoria está disposta a lutar e não vai permitir que a ECT retire benefícios do plano de saúde, o Correios Saúde. “O eixo central desta campanha é a assistência médica”, ressaltou um dos trabalhadores presentes à Assembleia, realizada na tarde desta quarta-feira, 19.

O fato é que a Empresa, além de oferecer propostas rebaixadas, ainda pretende alterar a cláusula 11 do acordo coletivo, que trata do plano, sem deixar claro quais são as mudanças que almeja implantar. “O que está em jogo é nosso plano de saúde”, alertou Uéber Barboza, que completou: “Direito não se retira, direito se amplia”.

A Assembleia de hoje decidiu pela continuação da greve, que teve início pela manhã, após ser deflagrada pela Assembleia realizada na noite de ontem, dia 18. Agora é hora de ampliar a mobilização, os trabalhadores que já estão participando da greve devem conscientizar os colegas nas suas unidades, chamá-los para a luta. “Vamos convocar quem ainda não está na greve”, anunciou um dos participantes da Assembleia.

Adesão
Estima-se que mais de 25% da categoria no Estado já tenha aderido ao movimento, que deve ser ampliado ao longo da semana. Pelo interior, a participação é intensa. Em Rio Verde, por exemplo, 19 dos 44 carteiros estão em greve; em Quirinópolis, oito dos dez carteiros também paralisaram suas atividades. “Os companheiros do interior entenderam a necessidade de fazer a luta”, avaliou o secretário-geral do Sintect-GO, Elizeu Pereira da Silva

No panorama nacional, 23 dos 35 sindicatos estão em greve e outros sete farão suas Assembleias de deflagração do movimento paredista hoje.

Amanhã, a mobilização dos trabalhadores em Goiás continua em frente à Agência Central dos Correios, na Praça Cívica.

TST
Nesta quarta-feira também ocorreu uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho entre a ECT e a Fentect. Não houve acordo, e a vice-presidente do Tribunal, ministra Cristina Peduzzi, designou a ministra Kátia Arruda como relatora do dissídio coletivo dos Correios, que deve ir a julgamento na próxima semana.

 
Fonte/Autoria: Daniela Martins • Assessora de Comunicação Sintect-GO