No último dia 30 de maio “A Situação de Crise na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos” ganhou destaque na Câmara dos Deputados. Na ocasião, representantes da categoria, técnicos, parlamentares e o geógrafo, especialista e mestre em Geografia Humana Igor Venceslau debateram o suposto déficit da ECT.
Durante sua fala, José Rivaldo, secretário-geral da FENTECT, destacou a ausência do papel social na gestão dos Correios e que a presidência precisava visitar o “chão de fábrica” da Empresa para ter conhecimento de como melhorar as entregas e os serviços. Ele ainda solicitou apoio do congresso para debater leis e projetos que possam dialogar com o governo e convencê-lo a realizar o aporte em razão da retirada de R$ 6 bilhões dos cofres dos Correios pelo Governo Federal.
Os parlamentares que compareceram à Comissão se posicionaram contrários à privatização da ECT. Além disso, eles defenderam a fidelização da logística dos órgãos federais, o que geraria de lucro, no mínimo, cerca de R$ 20 bilhões à estatal. Já o presidente da Empresa, Guilherme Campos, voltou a insistir que os Correios estão sofrendo devido aos resultados negativos e a queda do lucro oriundo do monopólio postal.
O mestre Igor Venceslau falou do resultado de sua pesquisa “Correios, Logística e uso do Território: O serviço de Encomenda Expressa no Brasil” e afirmou que os Correios são sim uma empresa lucrativa e a crise é momentânea, não justificando a privatização da Empresa. “No Brasil, quando se fala em fechamento de agências, estamos falando em entregas de vacinas não serem realizadas, entrega de livros didáticos, concursos públicos. Trata-se da integração do país e não sobre dois ou três anos sem dar lucro”, explicou. Além disso, segundo ele, a ECT constitui um importante elemento de integração do território nacional, atendendo os lugares mais remotos do país, nos quais as empresas privadas poderão atuar, mas não terão interesse.
Veja abaixo como foi a sessão
Leia aqui a entrevista exclusiva de Igor Venceslau ao SINTECT-GO
Com informações da FENTECT.