Há alguns dias, os Correios noticiaram um lucro extraordinário de 3,7 bilhões, às custas da retirada de direitos e de muita exploração de seus/suas trabalhadores (as). Mais que depressa a atual gestão da ECT correu e reajustou generosamente as suas funções em reunião de cúpula da empresa. Uma forma de bonificar os seus gestores por terem batido tanto o chicote, feito tanta pressão, assediado tanto os (as) trabalhadores (as) nas unidades, após a perda do acordo coletivo de trabalho na campanha salarial de 2020 e também de incentivar ainda mais esse autoritarismo que se tornou tão corriqueiro com a ascensão deste governo que aí está.
Na SE/GO, o clima segue tenso nas unidades de trabalho. Trabalhadores (as) sendo transferidos (as) compulsoriamente, tendo um desgaste enorme, pois em muitos casos estes/estas trabalhadores (as) têm que atravessar a cidade para ir trabalhar; funções motorizadas sendo retidas por causa de atestado médico; ameaças de obrigar o (a) trabalhador (a) a ficar no serviço interno, sob pena de perder o adicional de risco. O AADC (Adicional de Atividade de Distribuição e/ou Coleta Externa) se tornou ferramenta na mão de alguns gestores para pressionar os (as) trabalhadores (as).
São várias as denúncias de assédio moral, de autoritarismo e perseguição, feitos na ouvidoria, através do Fale Conosco, mas em que não há resposta alguma. A gestão tem feito vista grossa para as várias denúncias. Em muitos casos, transferem o (a) assediado (a) de unidade, deixando o gestor a bel prazer, empoderado cada vez mais o último. Uma humilhação sem precedentes que tem causado adoecimento e pedidos de demissão de muitos (as) trabalhadores (as).
Uma gestão baseada na fofoca, cujo o “capitão do mato” vai e faz; e depois fala que os seus superiores mandaram e “deixa ver no que dá”; e seguem tranquilamente sem se indisporem, pois são bem unidos. Atropelam as leis, as regras, manuais sem nenhum pudor, com o puro intuito de causar danos financeiros e psicológicos nos/nas trabalhadores (as) a fim de puni-los (las). Fazem isso, pois tem a certeza de que não serão responsabilizados e que a conta vai ficar para a empresa.
O sindicato possui um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) junto ao Ministério Público contra o assédio moral, o qual já está sendo acionando. É importante também que os (as) trabalhadores (as) não se esqueçam da arma histórica da classe trabalhadora: a GREVE. E nesse sentido a categoria estará organizando greves por unidades de trabalho por todo o estado. Tratativas foram feitas, ofícios, denúncias, boletins, porém o problema persiste. Já se fala em mudança do SE/GO e é bem provável que o novo superintendente receba a regional com várias unidades de braços cruzados em GREVE, saldo deixado pela atual e mal assessorada SE/GO.
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