Depois de serem impedidos de subir para reunião de negociação da Campanha Salarial, agendada para a tarde desta terça-freira, os integrantes do Comando de Negociação da Fentect fecharam a entrada do Edifício Sede dos Correios como forma de protesto. Ao chegarem para a reunião, os integrantes do comando foram surpreendidos com a informação de que não teriam autorização para sequer entrar no prédio. Até mesmo os companheiros munidos de crachá da Empresa tiveram a entrada impedida. Na portaria, constava uma lista com cinco nomes escolhidos à esmo pela própria empresa, e a informação de que cinco integrantes da Federação pirata já se encontravam na sala de reuniões. A Federação não aceitou a arbitrariedade, e ocupou por mais de uma hora a entrada principal do prédio até que representantes da Empresa finalmente apareceram propondo uma outra reunião, desta vez na Universidade dos Correios (UniCo). Iniciada a reunião, a Empresa alegou que enviou carta solicitando reunião inaugural para aquela data para estabelecer calendário, horário e sequência de temas das negociações. A reunião foi agendada com a Fentect e também com a federação pirata, e foram reservados cinco assentos para cada uma das federações. Segundo a Empresa, a mesma carta solicitava a indicação de 5 nomes para compor a mesa, ao que ela utilizou nomes constantes em outro documento alheio às negociações que ela “julgou ser a resposta da Fentect às nomeações”. A Empresa insistiu que a Federação selecione apenas 5 pessoas para se sentarem à mesa de negociação juntamente com a federação pirata. A secretária-geral da Fentect, Anaí Caproni, relembrou que pelo estatuto da Fentect, o número de pessoas que deve estar à mesa para negociação é de 11 pessoas com o restante do comando, no total de 30 pessoas, assistindo e com transmissão nacional, o que já foi oficializado para a Empresa. “Uma negociação minimamente madura tem que levar em consideração que estatutariamente a Fentect precisa contar com 11 pessoas à mesa. A Federação, tal qual a ECT, tem um estatuto, que não pode ser ferido.”, afirma Anaí. Segundo a Empresa, é preciso que se reavalie o modelo de negociação, já que, na versão deles, a configuração com 11 na mesa e 30 na plateia não foi uma experiência de sucesso no ano anterior. Mas a verdade é que a negociação nos anos anteriores não avançou pois a ECT não teve seriedade e nem interesse em negociar, usava as reuniões apenas como meio de gerar documentos para apresentar ao TST e alegar que houve negociação. “Estamos submetidos à uma pressão que não existe. As Federações dos funcionários públicos e dos bancários, por exemplo, preenchem com mais 50 pessoas a mesa de negociação, sem problema algum. Podemos acertar com os 11 e com a plateia uma negociação civilizada, tranquilamente. Tudo é conversado. O que não pode ser feito é ceder à negociação do mal, que deturpa os fatos em favor da Empresa”, pondera Anaí. Atingido o impasse, foi consenso entre ambas as partes de que sejam repensadas as posições com relação ao número de pessoas na mesa de negociação. A Federação não abrirá mão dos onze integrante na mesa, tal qual está previsto no estatuto. Um novo encontro ficou agendado para quinta-feira (08) às 09h. Confira a ata da reunião desta terça-feira, 6. |
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Fonte/Autoria: Fentect |