O segundo dia de greve dos trabalhadores dos Correios em Goiás foi marcado por mais uma demonstração de que os ecetistas estão, sim, dispostos a negociar nesta Campanha Salarial bem ao contrário dos arrogantes e intransigentes dirigentes da ECT. A Assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 20, aprovou a proposta apresentada pelo Comando de Negociação em seu Informe 17e também deliberou pela continuidade do movimento paredista no Estado. A proposta do Comando é uma ampliação da proposta apresentada pela própria ministra Cristina Peduzzi, vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), durante a audiência de conciliação realizada ontem. O Comando fez o acréscimo de duas cláusulas: abono dos dias parados e manutenção da cláusula 11 do acordo coletivo, ou seja, a certeza de que não haverá quaisquer alterações no plano de saúde. Proposta encaminhada pelo Comando e aprovada na Assembleia de hoje: a) Aumento linear no valor de R$ 80,00 A proposta apresenta pela ministra foi rechaçada pela ECT, em mais uma demonstração de que a Empresa não está interessada em negociar e de que, desde o princípio, quer o julgamento no TST para reeditar o acórdão de 2011. “Estivemos, ontem, em Brasília buscando o entendimento com a ministra e a Empresa, mas a ECT, que vivia falando nos bastidores que o Comando não queria negociar, mostrou sua verdadeira intenção”, apontou o secretário Eziraldo Vieira, que é um dos representantes de Goiás no Comando de Negociação da Fentect. Assembleia Durante a mobilização de hoje, na Praça Cívica, os trabalhadores realizaram um “apitaço” para chamar a atenção dos companheiros que ainda não aderiram ao movimento. No quadro geral, somente nove dos 35 sindicatos da categoria em todo o Brasil ainda não estão em greve. Em Goiás a greve cresce a cada dia. “Queremos também parabenizar os guerreiros que sempre estão na luta, sabemos que às vezes precisamos parar para avançar”, destacou Eziraldo. Apoio Quem passava pelo Centro da cidade rendia apoio à mobilização da categoria, que tem hoje um dos mais baixos salários-base dentre os servidores federais: R$ 942. Líder comunitário da Região Sudoeste da Capital, o também servidor público Ulisses de Sousa ao ver a movimentação dos ecetistas fez questão de parar para oferecer sua solidariedade. “É uma vergonha os trabalhadores não terem seus vencimentos corrigidos, como consumidor, como cidadão, pagador de impostos, eu me solidarizo e apoio os trabalhadores dos Correios”, comentou. Amanhã, sexta-feira, os trabalhadores dos Correios em Goiás voltam a ser reunir na Praça Cívica, em frente à Agência Central. MOBILIZEM-SE! |
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Fonte/Autoria: Daniela Martins • Assessora de Comunicação Sintect-GO |