Assédio moral: trabalhadores denunciam gestores da regional

Se não bastasse a falta de efetivo, o excesso de carga e as péssimas condições de trabalho, ecetistas em Goiás precisam conviver com gestores assediadores, segundo relatos de vários trabalhadores ao SINTECT-GO. Eles denunciam a perseguição constante, isolamento, exposição a situações humilhantes e constrangedoras, falas discriminatórias e falta de respeito. A reincidência de tais condutas tem sido tão alta que alguns trabalhadores, além de buscar ajuda do Sindicato, têm efetuado denúncias à órgãos externos, como o MPT.

Em uma reunião realizada entre a Superintendência Regional e a instituição sindical para tratar da melhora do clima organizacional, a Empresa se comprometeu a coibir tais práticas assediadoras. A Superintendência chegou a afirmar que pessoas que já haviam assediado trabalhadores não iriam ser indicados para cargos de gerência ou chefia. No entanto, não é isso que vem ocorrendo.

O Assédio Moral já deveria ter sido extinto na regional de Goiás, uma vez que já foi tema de várias discussões e campanhas. Além disso, em 2016, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC Nº97/2016), foi firmando perante o Ministério Público do Trabalho da 18ª região, para desenvolver ações que minimizassem os casos de assédio moral e assédio sexual, o que produziu efeitos na época, mas que parece terem sidos deixados de lado pela Empresa, fazendo ressurgir o problema.

O SINTECT-GO repudia veemente a conduta assediadora dos gerentes e diretores e cobra da Regional uma posição efetiva e urgente para que tais práticas sejam cessadas de uma vez por todas, de modo a não ter que novamente ser suscitada a intervenção do MPT e até da Justiça do Trabalho.

 

O que é assédio moral

O assédio moral é uma conduta abusiva, de natureza psicológica, que expõe o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras de forma repetitiva e prolongada. A conduta é frequentemente realizada por um superior hierárquico contra uma pessoa, com o objetivo de desqualificar, desmoralizar no ambiente de trabalho e desestabilizá-la emocionalmente.  Em muitos casos o ambiente de trabalho e o exercício da função se tornam tão penosos, diante das práticas de assédio, que o trabalhador acaba adoecendo e até pedindo demissão.